terça-feira, 26 de julho de 2011

Sacrifício - Parte quatro

- Você não gosta de dançar, rapaz. – Perguntou o Capitão, fazendo com que eu deixasse de pensar besteiras.
- Não sou muito bom nisso.
- Nada que nossa melhor dançarina não possa resolver. – Ele virou para mesa que estava à sua direita. - Fernanda, venha até aqui.
- Boa noite, Capitão. – Ela sorriu. E que sorriso.
Ela deveria ter uns vinte e poucos anos, tinha cabelos cacheados que iam até um pouco abaixo do ombro. Seus olhos eram de um verde cristalino. E seu sorriso era digno de um comercial de pasta de dente. Sem falar no corpo escultural que estava apenas coberto por uma microssaia e um top.
- Nosso amigo aqui disse que não sabe dançar. Será que você poderia ajudá-lo?
- Acho que não seria uma boa idéia, Capitão. – Intervim, já imaginando os problemas que eu teria se a Caroline ficasse sabendo disso.
- Não seja bobo. Venha. Eu prometo que não vou tirar nenhum pedaço de você. Ao menos por enquanto. – Ela deu uma risadinha que se tivesse vindo de outra pessoa eu teria dito que era diabólica.
Antes que eu pudesse dizer não outra vez, ela já estava me arrastando para o meio do salão. No início fiquei meio sem jeito, mas ela dançava tão bem que acabei me soltando.
Reparei que, como Melinda havia dito, quase todos ali eram descendentes de índios. E não pude deixar de reparar que todos eram muito bonitos. Até mesmo o capitão, que já tinha uma certa idade, era um homem apresentável.
Quando mudou a música eu tentei voltar a mesa, mas Fernanda não deixou. Ela insistiu que eu fosse seu par até a meia-noite. Como faltavam apenas cinco minutos, eu aceitei.
Assim que o relógio deu a primeira badalada indicando que já era meia-noite. Fernanda começou a se contorcer. Olhei em volta para pedir ajuda e percebi que todos estavam agindo da mesma maneira.
Sabia que estava acontecendo alguma coisa muito estranha e achei melhor sair daquele lugar. Fui em direção à porta e ia sair quando uma criatura horrenda surgiu na minha frente.

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